O problema no quadril tem forte expressão de contrariedade, mas é uma contrariedade com a qual eu não consigo lidar. Porque, se eu estou contrariado, porém, se consigo tomar alguma atitude, a contrariedade não tem espaço.
Em contrapartida, caso exista uma contrariedade e eu não consiga lutar e nem fugir, meu quadril vai sentir o peso dessa impotência em ter uma atitude. É preciso observar se será quadril direito ou esquerdo, pois, isso vai ser muito relevante. Mas nada é tão importante quanto ouvir atentamente a história do nosso paciente. É nesse momento da sessão que nós guardamos a caneta, guardamos o bloco de anotações e ficamos olhando para o nosso paciente para escutar com todas nossas ferramentas o que ele tem para nos contar.
A nossa função é perguntar para ele o que aconteceu de chocante na história dele, pouco tempo antes de iniciar os sintomas. Aí surge quase que um filme de cinema, pois a história vem acompanhada com todos os pré-requisitos de emoções fortes, de sensações fortes. Enfim, devemos nos preparar para algo intenso!
Porque tem algo chocante que deu início a todo esse processo e que foi a causa que desencadeou o sintoma dessa patologia.
É incrível o que você vai conseguir perceber se estiver atento à fisionomia do paciente durante a verbalização (parte da sessão onde nós fazemos as perguntas ao paciente). Haverá algum sinal produzido pelo sistema neuromotor. Fique atento(a)!!