Nossa vida é dividida em fazes marcadas de 7 em 7 anos, e essa transição é sentida ao final do primeiro setênio e início do segundo setênio, e assim por diante.
Essa fase que acontece a cada sete anos é chamada de crise, mas não vamos considerar esse nome com tanta força, pois é apenas uma transição e como toda transição do setênio é um momento delicado e você necessita estar atento ou pronto para um processo de adaptação.
Suponhamos que a pessoa esteja passando do primeiro setênio para o segundo setênio, está entre sete e oito anos de idade, é uma fase delicada, mas não é exatamente uma crise, chamamos de crise pelo seu nome de impacto.
Esse é o momento que se deve ter muita atenção ao que esta fase pede, e se nós pais conseguirmos fazer o que esse setênio solicita, vai ser supertranquilo pois será apenas uma transição e não uma crise. Por isso é muito importante a gente conhecer o que cada setênio nos pede.
O primeiro setênio de 0 a 7 anos é quando os pais estão apenas pensando em aumentar a família… então a criança já está sendo percebida mesmo antes da sua concepção, é quando os casais dizem um para o outro.
“Nossa família precisa crescer”, na verdade é um sentimento que brota na cabeça desses papais na ideia da aproximação dessa criança.
Sem citar religião, só a intenção de você conceber uma criança já é um processo de aproximação pois a grande maioria das crianças já são percebidas mesmo antes desse casal conceber.
Então esse casal já sentiu essa chegada e quando a mulher fica grávida aí sim se tornou materializado… O “colapso” acontece quando essa criança nasce, ou seja, é um bebezinho que foi sentido antes da intenção, foi sentido no desejo de ser pai e mãe… Chamamos isso de corpo físico e espiritual, é uma energia capaz de ser percebida por muitas pessoas de forma anônima… é incrível a forma que isso tudo acontece.
Essa criança passou nove meses na barriga da mãe e nasceu com um certo peso, mas quando sai do hospital ela perde peso… está certo que ela passou por um parto e isso demanda energia, mas se pensarmos é bem estranho pois ela já não está mais dentro da barriga da mãe e já está ali fora recebendo nutrientes da mesma maneira, só o que mudou foi o ambiente, agora um ambiente externo.
Tudo que ela ganhava de peso era relacionado a um movimento da mãe ela dependia do organismo da mãe e era nutrida via corrente sanguínea, através do cordão umbilical, e agora ela será nutrida pelo seio materno. O interessante vou contar agora, essa criança perde peso para que deixe para trás algumas influências da mãe, e possa então ganhar peso por si só e adquirir sua própria expressão de individualidade, de agora em diante ela será responsável pela sua multiplicação celular, sem a força interna da mãe a nível de energia para o corpo… agora ela está desligada da mãe e precisa desenvolver forças próprias para que possa continuar sobrevivendo ou vivendo.
Depois de nascida a criança depende de si própria para ganhar peso ela terá que se esforçar… então ela elimina peso para que possa dar espaço para sua individualidade, mas logo ganhará peso novamente e terá sua individualidade e estímulos.
Bom! A criança nasceu, cresceu e começou a erguer-se para o mundo, eu digo no sentido de levantar-se mesmo, levantar a cabecinha do carrinho, dar seus primeiros passos, é importante que a criança passe por ele de forma natural.
Lembra-se do andador? É um sossego para a mãe, porém quando a criança é deixada nele, estamos fazendo com que ela se iniba e erga-se para a vida, não é só simbolismo é realmente uma fase a ser ultrapassada e que precisa realmente de oportunidade para criar maturidade física e aguentar a estrutura do seu peso sozinha.
Isso fará com que essa criança não seja uma criança travada, mas um adulto decidido… por isso a importância dessa construção em conjunto com os pais, ela corre menos risco de desabar quando adulta.
Então de 0 a 7 anos, a criança só recebe estímulos… isso em qualquer dinâmica desse setênio, ela muitas vezes imita os pais, pois tudo que ela vivência no ambiente ela absorve… então é preciso tomar cuidado com tudo que pensamos, falamos e fazemos perto de uma criança pois com certeza ela está com o radar quilométrico ligado e pronto para captar tudo que está acontecendo.
Muitas das doenças infantis é uma forma de eliminação de poluições… se a criança tem muita gripe ou se ela tem constantemente essas doenças ditas na infância é porque ela está tentando eliminar “poluições” de tudo o que acontece ao seu redor, não necessariamente apenas os pais, mas todo o ambiente que a rodeia.
Isso a deixa propensa e vulnerável, o que eleva a facilidade de contrair essas doenças infantis.
O Primeiro setênio é a fase vital na vida da criança
Chamamos de vital porque a criança não tem muita noção de tempo… elas são extremamente inocentes e às vezes você se despede com um “tchau” antes de ir para o trabalho e cinco minutos depois elas perguntam onde está o papai ou a mamãe no caso.
A mensagem que precisa ser passada é: Ritmo!!
Fazer com que essa criança crie um ritmo é muito importante pois trará a ela autonomia do aparelho respiratório e tanto o aparelho respiratório como cardíaco trabalham em ritmos e frequências… que são parâmetros principalmente para saber se a criança está bem ou está em atividade… O importante disso é que devemos estabelecer para essas crianças rotinas, hora certa para o jantar, hora do almoço, hora de dormir, hora de brincar, hora de estudar… somos nós que devemos orientá-los para que o organismo dela crie um ritmo.
Quer um conselho? Use a sua criatividade!!!
Há também a questão das birras, as crianças “birrentas” são aquelas que estão tendo dificuldades em lidar com frustrações, isso acontece quando ela está sendo contrariada e precisa lidar com isso.
Quando você ensina essa criança a lidar com essa contrariedade, você estará preparando ela para receber um “não” talvez em sua primeira entrevista de emprego, talvez na segunda entrevista ou até mesmo na centésima enfim não importa, ele fará valer a pena!!
As frustrações são positivas na vida das crianças, pois servem para amadurecer as emoções e os sentimentos delas.
Lembre-se:
Essa criança precisa ter ritmo e referência para que consiga estabelecer modelos, não que ela vá segui-los o resto da vida, mas lembre-se que ela tem um radar e capta tudo… ofereça essa referência a ela em casa, para que ela não saia na rua e receba lá fora referencias que irão acarretar traumas e frustrações futuras.